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Publicado: 11/08/2022

Velejador Aleixo Belov e tripulação enfrentam o mar congelado do Estreito de Bering

Seis meses após a partida de Salvador, o navegador Aleixo Belov, 79 anos, e a tripulação do veleiro Fraternidade enfrentam o mar congelado do Estreito de Bering, que liga os oceanos Pacífico e Ártico, entre os continentes asiático e americano. O trecho – que marca um feito inédito nas viagens feitas pelo velejador ao redor do mundo – é um dos mais difíceis da expedição, em virtude das geleiras que impedem a navegação.

A parte gelada da viagem começou em Nome, no Alaska, no dia 12 julho, como relata Belov: “Saímos bem, atravessamos o Estreito de Bearing, vendo, ao mesmo tempo, o Alaska por boreste e a Sibéria por bombordo. Já sabíamos que lá na frente, em Barrow, estava tudo fechado de gelo, mas fomos seguindo, confiando que o gelo ia terminar por derreter. Durante a última semana (início de agosto), vínhamos pegando a carta de gelo pela internet e o degelo estava avançando. Mas, para nossa surpresa, depois que saímos, o degelo deu um retrocesso. O vento norte empurrou o gelo para o sul e piorou ainda mais o que já não estava bom”.

Ela conta ainda que os gelos foram surgindo, cada vez mais compactos e impedindo o avanço, até que a tribulação foi obrigada a parar e ficar à deriva. Diante dessa dificuldade, Belov e a equipe tiveram que achar um local para fazer uma parada, no meio do mar congelado. “Procuramos um gelo grande, saltamos nele com uma alavanca, cavamos um buraco, instalamos uma garateia com um cabo e ficamos derivando junto com o gelo”, relata o navegador, salientando que, “como a maior parte do gelo fica submersa, passamos a derivar bem mais devagar, o que foi muito bom. Mas, o gelo foi derretendo e fomos obrigados a trocar por outro, até que ficamos derivando sozinhos”. 

O período difícil durou cerca de 10 dias, quando as cartas de concentração de gelo marinho indicaram uma melhora. “Ligamos a máquina e fomos em frente. Sabíamos que era prematuro, mas resolvemos tentar. Fomos contornando os gelos, procurando passagens, ainda que estreitas, até que descobrimos que não tinha passagem entre o gelo e o continente, apesar da carta de gelo indicar como sendo o melhor lugar. Já tínhamos perdido a esperança, mas resolvemos tentar passar por cima desta formação e, depois de entrar em vários becos sem saída, voltamos e tentamos de novo até conseguir passar”, afirma.

Belov diz que essa conquista foi um grande momento de alegria para todos no veleiro Fraternidade. “Seguimos em frente, sempre nos desviando dos gelos e procurando uma nova passagem. Várias vezes tivemos que voltar e procurar outro caminho, até que os gelos diminuíram e nos deixaram seguir. Quando chegamos em Cambridge Bay, quase não tinha mais gelo. Vocês não podiam imaginar como eu desejei conseguir chegar aqui. Tinha conseguido fazer a metade da Passagem Noroeste e estava muito feliz”, festeja o velejador, que deve seguir rumo ao assentamento Gjoa Haven, em Nunavut, no norte do Canadá, na segunda etapa da travessia do mar gelado.

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museudomar